Ferramentas de marketing jurídico: saiba como divulgar seu escritório

Caso você não use e nunca tenha pesquisado sobre as ferramentas de marketing jurídico,  esta pode ser uma boa hora para fazer isso.

Conhecer a sua utilização e maneiras de usar essas ferramentas podem gerar boas ideias para consolidar o escritório de advocacia no meio em que atua. Talvez você não saiba, mas muitas delas são gratuitas ou exigem um investimento muito baixo. E são tá fáceis de serem postas em prática que você mesmo pode aplicá-las. Basta ter disponibilidade.

Agora você já entendeu que o marketing jurídico não é nenhum “bicho de sete cabeças”, vamos à parte prática: conhecer e entender quais são e como funcionam as ferramentas de marketing jurídico. Antes, um aviso importante: tudo o que você for fazer, precisa estar de acordo com o que preconiza o Código de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil. Não se preocupe! Falaremos sobre essa questão também no texto a seguir.


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Principais ferramentas de marketing jurídico que você precisa conhecer

As ferramentas de marketing jurídico, quando postas em prática da maneira correta, obtêm resultados com facilidade. E o custo, para isso, é baixo, desde que você tenha disposição para:

1- Escrever newsletters

As newsletters são e-mails que você pode enviar para os seus clientes com informações úteis. Essas informações podem ser escritas por você ou alguém da sua equipe. Para resumir, vamos partir para um exemplo prático: quando você faz uma compra pela internet na empresa X, você cadastra seu e-mail, no site, certo? E, em determinada etapa da compra, há uma caixa para selecionar, que diz: “aceito receber informações sobre a empresa X”. Você aceita e, depois de uns dias, chega no seu endereço eletrônico uma mensagem com algumas informações. Essa mensagem é a newsletter ou e-mail marketing.

Essa ferramenta atende a diversos propósitos, como informar e vender. No caso dos escritório de advocacia, ela é usada para informar. Mas para poder usar essa possibilidade de comunicação com seus clientes, é preciso que você tenha uma lista de contatos. Essa lista pode ser formada pelos clientes que você já tem. E, aos poucos, você a aumenta com as novas relações que forem surgindo.

2- Produzir artigos

Esta produção de artigos não se refere aos artigos escritos na vida acadêmica. Isso precisa ficar claro, porque algumas pessoas tendem a confundir.

A produção de artigos a que esse item se refere é a elaboração de textos sobre artigos pertinentes, que interessem aos seus clientes. Quer um exemplo? Vamos considerar que alguns dos seus clientes o esteja questionando sobre os honorários advocatícios. Isso indica que muitas pessoas tem dúvidas sobre o assunto e precisam ser esclarecidas sobre ele. Esse pode ser um tema sobre o qual você pode escrever, para informar às pessoas como funciona o pagamento dos honorários advocatícios.

Mas, de forma alguma, você vai usar a newsletter para enviar o texto, na íntegra, para os seus clientes. Na verdade, você deve buscar outro canal para publicá-lo. O mais interessante para é que seja no site do seu escritório de advocacia, em uma área dedicada à disseminação de informações, como Dicas e Orientações ou Blog mesmo.

No caso de você não possuir um site profissional para isso, há dois caminhos: buscar plataformas online para criar seu site gratuitamente ou usar o LinkedIn para isso. Depois de ter o artigo publicado em um desses canais, é que você usa a newsletter para comunicar-se com os seus clientes. Você pode escrever a eles uma breve mensagem dizendo que escreveu um artigo para sanar as dúvidas que eles têm sobre honorários advocatícios e que o texto completo está disponível em determinado link. Assim, você vai formando uma rede de relacionamento em diferentes canais e ganhando autoridade.

3- Publicar nas mídias sociais

Embora permita a publicação de artigos, o LinkedIn também é uma mídia social, assim como o Facebook, o Instagram e o Twitter. Para uma presença digital, o recomendado é ter contas em todas elas e mantê-las atualizadas. Mas, para o advogado que cuida do seu próprio marketing jurídico, administrar tantas redes, com a atenção que elas exigem, pode requerer muito tempo. A dica, então, é buscar saber, entre os clientes, qual ou quais mídias sociais eles costumam utilizar e estar presente nessas mídias.

Lembra que dissemos que para funcionar a comunicação nelas, é importante mantê-las atualizadas? Isso significa publicar alguma informação de interesse da sua rede de contatos com uma certa frequência, por exemplo, duas vezes por semana. Outro ponto muito importante, na utilização das mídias sociais como ferramenta de marketing jurídico, é interagir com as pessoas. Assim, caso alguém comente em alguma publicação que tem interesse em marcar um horário para conversar com você ou alguém da sua equipe, seja cordial e responda, solicitando que entre em contato por telefone para realizar o agendamento. E seja rápido nas respostas. As mídias sociais são ambientes dinâmicos e as pessoas que se comunicam por elas tendem a querer retornos rápidos. Qualquer ação em contrário pode representar o insucesso da sua presença digital. Cuidado!

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Atenção ao código de ética da OAB!

Tudo o que você for fazer, precisa estar em conformidade com o código de ética da OAB. Esse é outro ponto importante. O código, muitas vezes, é visto como uma barreira pelos profissionais especializados em marketing jurídico. Mas não é intransponível. Há como beneficiar-se das ferramentas de marketing, apesar das limitações impostas pelo código. Entenda quais são elas e o que é possível executar sem ferir as normas:

1- O código determina que o advogado não pode se valer da publicidade para aumentar o número de clientes. O único tipo de iniciativa permitida, nesse caso, é a de caráter informativo. Ao escrever, enviar e divulgar newsletters, artigos e conteúdos nas mídias sociais que tenham esse caráter, o advogado pode sentir-se seguro quanto às estratégias de marketing jurídico que planejou.

2- Os dados do escritório de advocacia, como endereço e telefone, podem constar, apenas, no site, mídias sociais e na assinatura de e-mail. A veiculação dessas informações em qualquer outro local fere as normas do código de ética da OAB. Então, para que as pessoas o conheçam, trace estratégias que possam obter resultados via e-mail marketing e  site.

3- O código também estabelece, no artigo 41, que “as colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma, captação de clientela”. Ou seja, você pode escrever artigos à vontade e publicá-los onde tiver interesse, desde que neles não conste nenhum tipo de autopromoção.

4- O código não impede os advogados de terem um site e anunciar na internet, desde que o foco do site e dos anúncios seja a informação e não a autopromoção.

Há muitas outras questões que o código de ética aborda, mas estas são as essenciais para entender que não há problema em usar as ferramentas de marketing jurídico que apresentamos. Aproveite o conhecimento que adquiriu com este post para iniciar a sua estratégia. 😉


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