Após 20 anos na advocacia, a advogada Daniele Campos Fernandes e os sócios, Christiane Diva Fernandes e Carlos Lopes Campos Fernandes, descobriram não só como peticionar no PJe e outros sistemas dos Tribunais brasileiros, como também é fácil protocolar as petições pelo celular com um software para peticionar.
Aos 17 anos, quando já vivia a rotina de escritórios de advocacia como estagiária e tinha a responsabilidade de acompanhar os processos nos balcões dos fóruns, Daniele nunca havia imaginado que chegaria um dia a atuar em uma advocacia completamente digital. Nem que seria possível fazer um protocolo pelo celular.
Naquela época, a única certeza que tinha era a de que desejava ter o próprio escritório de advocacia. Assim, adquiriu nos estágios a base de conhecimento necessária para colocar o projeto em prática.
Escolheu como sócio o pai, Carlos Lopes Campos Fernandes, seu colega de faculdade. Os dois fizeram a prova para o vestibular na UniFMU no mesmo ano e cursaram juntos a graduação em Direito. Concluída a formação acadêmica, iniciaram juntamente com Christiane Fernandes a história do Carlos Lopes Campos Fernandes Sociedade de Advogados, ou seja, do escritório CLC Advogados.
Hoje, o CLC detém 30 profissionais de advocacia na equipe jurídica e atua nas áreas Cível, Trabalhista e Previdenciária. Sediado em São Paulo (SP), contabiliza, ao todo, uma base ativa de mais de seis mil processos judiciais. Além disso, planeja a ampliação para outros estados do Brasil.
Para a advogada Daniele Campos Fernandes, é um sonho realizado e que se expande. “Nunca pensei em ser juíza ou promotora. O que sempre quis foi poder fazer a diferença na vida das pessoas”, afirma.
A inserção da tecnologia até a descoberta de como peticionar no PJe
O desejo por uma Justiça real fez surgir em Daniele uma maior identificação com a área Trabalhista. “Conseguir um resultado satisfatório e ao mesmo tempo mostrar para as empresas que precisam mudar, e muito, traz uma realização pessoal”, conta.
Por isso, hoje, ela é a responsável pelo gerenciamento da área Trabalhista no Carlos Lopes Campos Fernandes Sociedade de Advogados, enquanto o pai cuida da gestão do escritório de advocacia e a advogada Christiane Diva Fernandes gerencia a área Cível, Administrativa e Financeira.
Por muito tempo, os três sócios e a equipe jurídica que formaram ao longo dos anos atuaram com os processos físicos. Nenhum deles utilizava qualquer tecnologia no escritório.
Somente entre os anos de 2010 e 2011 é que tentaram pela primeira vez inserir um software no Carlos Lopes Campos Fernandes Sociedade de Advogados. Mas como a solução não era executada em nuvem e alguns profissionais de advocacia demonstravam dificuldade em lidar com a nova ferramenta, desistiram da implementação da tecnologia.
A possibilidade de usar uma nova solução só foi considerada oito anos depois. Em 2019, a percepção de que era necessário evoluir e melhorar a rotina do escritório de advocacia foi o que fez o escritório investir mais uma vez em inovação.
Com o software jurídico SAJ ADV, o dia a dia de profissionais de advocacia do CLC Advogados tornou-se muito mais prático. “Antes nós usávamos o e-mail para nos comunicar. Por causa disso, a nossa caixa postal estava sempre lotada. Tínhamos sempre que fazer backup”, recorda a advogada Daniele Campos Fernandes.
Ainda assim, até meados de 2020 o escritório mantinha algumas pastas físicas. Por precaução, seguia tirando cópia dos documentos dos clientes para arquivar. Mas, ao mesmo tempo, digitalizava e mantinha tudo salvo em ambiente online.
O fato de os Tribunais trabalhistas não aceitarem mais processos físicos foi o que contribuiu, em parte, para o CLC eliminar os últimos arquivos físicos. Então, o armazenamento dos documentos passou a ser digital. “O PJe mudou a vida de todos os advogados”, reforça Daniele.
Com isso, emergiu uma outra necessidade. O escritório precisou contar com o suporte de uma assessoria em Tecnologia da Informação (TI) para estar à frente das tratativas para a contratação das melhores soluções tecnológicas para a advocacia.
Mas isso teve um efeito. Uma parcela de profissionais de Direito demonstrou preocupação com a possibilidade de a tecnologia acabar com a advocacia.
Na visão da advogada Daniele Campos Fernandes, esse é um equívoco. Portanto, precisa constantemente de esclarecimento, com muita consideração pela história de cada profissional e serenidade. “As ferramentas jurídicas são superimportantes. Apenas tiram de nós o que é burocrático. Com isso, temos tempo para estudar, analisar melhor os casos [judiciais] e atender melhor ao cliente”, reforça. É isso o que ela tenta fazer com que todos entendam.
“Às vezes, estamos tão atarefados com coisas que não precisamos fazer, que não temos paciência para o cliente. Só que o cliente é o mais importante”, diz a advogada.
Daniele não vê mais a possibilidade de exercer o Direito sem o uso das tecnologias para a advocacia que, de acordo com ela, “estão evoluindo rápido e são incríveis”. Como exemplo, cita o software para peticionar PeticionaMais, solução desenvolvida pela Softplan e que o escritório Carlos Lopes Campos Fernandes Sociedade de Advogados encontrou na Fenalaw 2019. Desde então, o software é usado no CLC para que a equipe jurídica tenha como peticionar no PJe e nos sistemas de outros Tribunais.
A facilidade de peticionar com o PeticionaMais
“A questão do PeticionaMais calhou muito certo na vida da gente. Porque tínhamos que ter no escritório um monte de certificados [digitais]. E havia o receio, óbvio, de deixar os certificados e as senhas nas mãos de outras pessoas. Então, restringíamos isso”, conta a advogada Daniele Campos Fernandes.
Mas a gestão dos certificados não era o único problema que o PeticionaMais ajudou a resolver no CLC Advogados. Até a contratação do software para peticionamento eletrônico, o escritório mantinha na equipe cinco profissionais para executar uma só tarefa: fazer os protocolos. “E a gente sabe que essas pessoas são capazes de fazer muito mais. Então, ter uma pessoa somente para fazer protocolo, não podia ser possível”, indigna-se a advogada.
Em pouco menos de um ano de utilização do software, a realidade já é outra. “Hoje a gente faz um protocolo rapidinho. Então, isso nos permite ajudar e ensinar outras pessoas a fazer outras coisas”, conta.
Mais uma facilidade que a advogada Daniele nunca havia imaginado que um dia teria é a de conseguir fazer um protocolo pelo celular.
“Hoje eu vou lá, acesso a pasta virtual ou o SAJ ADV, pego o arquivo, faço as correções no próprio celular se precisar, e protocolo pelo PeticionaMais. Isso, para a gente, é incrível”.
Não precisar se preocupar com as atualizações de JAVA é outra vantagem apontada pela advogada Daniele. “Sem saber por quê, quando víamos, o navegador para acessar o sistema do Tribunal mudava, o JAVA mudava, e não conseguíamos mais usar o certificado e nem protocolar [as peças jurídicas]”.
Em função dessa dificuldade, às vezes, os profissionais do CLC Advogados permaneciam um dia inteiro sem conseguir trabalhar. Tudo porque precisavam deixar o computador disponível para alguém do suporte técnico terceirizado poder investigar o que estava acontecendo, via acesso remoto. “Era desgastante demais, muito ruim”, recorda a advogada.
“Hoje, o tempo que temos é outro. Por exemplo, consigo estudar, fazer outros cursos e pensar em me reinventar. Posso até cuidar do marketing digital”, comenta.
Mesmo quando está no campo com a família, Daniele conta que consegue trabalhar nas ações judiciais, atender aos clientes e distribuir os processos com o PeticionaMais.
“É outra vida. Consigo evoluir em outras coisas. Não me preocupo mais com os protocolos, que é muito mais rápido e melhor pelo sistema”, declara Daniele.
Agora, não são apenas aquelas cinco pessoas que fazem os protocolos no Carlos Lopes Campos Fernandes Sociedade de Advogados. Hoje, toda a equipe jurídica desempenha essa tarefa. Isso permitiu delegar aos estagiários, por exemplo, outras tarefas como fazer petições simples e recursos. “Prezamos muito pela evolução das pessoas que trabalham conosco. Conseguir fazer com que se desenvolvam em outras tarefas foi um grande diferencial”, observa a advogada.
“Acreditamos muito no PeticionaMais. Ficamos muito felizes quando vimos [o software] funcionando.”
O PeticionaMais também ajuda bastante Daniele no monitoramento da execução das tarefas de cada colaborador em relação ao protocolamento. A partir dos relatórios de protocolos realizados por usuário, que podem ser exportados do software, é possível acompanhar a produtividade da equipe jurídica.
No Carlos Lopes Campos Fernandes Sociedade de Advogados são protocoladas cerca de 200 peças jurídicas por semana, em média. O destino são os Tribunais localizados na região Nordeste e em Minas Gerais (MG), além de São Paulo (SP).
Desde que o escritório passou a utilizar o PeticionaMais, nunca mais teve problemas a respeito de como peticionar no PJe, no TRF3 e outras Cortes. “As pessoas [no escritório] nos agradeciam. Diziam ‘obrigada por isso’”, recorda a advogada Daniele.
O CLC advogados com certeza melhorou a gestão dos certificados digitais. Também, deixou de ter problemas com as configurações complexas exigidas pelos sistemas dos Tribunais. Agora, pode investir mais tempo no desenvolvimento dos profissionais de advocacia e melhorar o atendimento ao cliente. Tudo a partir da implementação do PeticionaMais.